A diálise peritoneal é uma das terapias renais substitutivas indicada nos casos de injúria renal aguda (IRA), quando geralmente estão presentes anúria (ausência de produção de urina) ou oligúria (redução da produção de urina), e quando refratária ao tratamento conservador. A diálise peritoneal possibilita a depuração de moléculas, de acordo com seu tamanho, utilizando como membrana semipermeável o próprio peritôneo, pelo qual se movimentam estas moléculas (solutos) e água, tanto por diferença de concentração (difusão) quanto por arraste (convecção). Vale lembrar que a injúria renal aguda (IRA) é uma condição grave e pode ser definida pela redução abrupta da taxa de filtração glomerular, resultando em importante azotemia e uremia, caracterizada pela presença de altos níveis séricos de ureia e creatinina, associados à diferentes manifestações clínicas, que também podemos chamar de síndrome urêmica. A IRA pode apresentar diferentes causas como intoxicação por etilenoglicol, leptospirose, uso de medicação nefrotóxica, hipotensão prolongada, intoxicação através da ingestão ou contato com lírios em gatos.